Assim caminha a sociedade brasileira.

Poucas vagas para as crianças, muita propaganda na tevê, um número exorbitante de adultos analfabetos, um país fingindo que sabe ler.
Fazer com que os jovens cheguem ao ensino médio – e permaneçam nele – é hoje um dos principais desafios para o Brasil.
De uns tempos pra cá, um leve investimento na educação vem surgindo. Tais como Fundef e o Programa Bolsa-Escola.
A maior parte da polulação brasileira não possui ensino superior e muitos não concluíram o ensino médio.
Não é difícil imaginar, por exemplo, um jovem que, mesmo desejando completar o ensino médio, seja obrigado por suas condições financeiras a trocar a sala de aula por um subemprego.
Crianças com idades de 05 a 10 anos não possuem educação de qualidade nas escolas públicas. Faltam merenda, professores, estrutura adequada para ensino, enfim, faltam vagas!  
Mas em meio a todo esse transtorno, quem estaria por trás disto?

“Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão.” Eça de Queirós

Sim, eles mesmo! Os políticos!  E com eles a corrupção.
Mas, o que a corrupção tem a ver com a escolaridade?

"A tolerância à corrupção, por exemplo, se confunde com o famoso “jeitinho brasileiro’, e ela é maior quanto menor for a escolaridade do cidadão."  Alberto Carlos Almeida 

Traduzindo em miúdos, se socorrem do “jeitinho”, têm pouco espírito público, defendem a lei do talião, são a favor do assistencialismo governamental, são contra a liberdade sexual, apóiam a intervenção do Estado na economia e na sociedade, são condescendentes com a censura, aceitam cegamente a hierarquia, e , por fim, são mais tolerantes com a corrupção.
O quanto nos surpreendemos diariamente com a explosão de ideias e pensamentos guardados por longa data no baú da hipocrisia e dissimulação. 
Essa situação tem se prolongado pois nós, população brasileira, de certa forma aceitamos e muito ainda fazem graça! Mas a pergunta é: até quando aceitaremos isto?

Há silêncios que falam, murmuram, contra a opressão. Mas há também silêncios que não falam porque estão comprometidos com uma visão que aceita a opressão. Não vejo como alguém se possa imaginar “de esquerda” ou “progressista” calando no momento em que se deve gritar pela liberdade. FHC